Conectividade inteligente impulsiona cidades sustentáveis e ganha força com os debates da COP30

A discussão sobre desenvolvimento urbano sustentável voltou ao centro das atenções com a COP30, realizada em Belém. Entre os temas de destaque, a combinação entre conectividade inteligente, automação e infraestrutura digital verde aparecem como peça-chave para que as cidades brasileiras avancem em eficiência, segurança e redução de impactos ambientais.


Neste cenário, a tecnologia tem papel decisivo e, segundo especialistas, a transição para modelos urbanos de conectividade mais integrados depende de redes robustas, de alta velocidade e com capacidade de suportar tecnologias emergentes. “Não existe cidade inteligente sem conectividade estável. A infraestrutura digital é a base que sustenta a evolução”, é o que afirma Jander César Albuquerque Faria, especialista em infraestrutura de redes e conectividade, com mais de 25 anos de experiência no setor.


Com o avanço de projetos de FTTH (fibra óptica até a residência), redes estruturadas e soluções de portaria remota híbrida, cresce também a pressão para que operadoras e gestores municipais adotem modelos mais eficientes e de menor impacto ambiental. A automação de processos e o uso de machine learning em operações de telecom, por exemplo, permitem prever falhas, otimizar rotas de manutenção e diminuir deslocamentos, reduzindo emissões de CO₂.


Para Faria, o debate na COP30 deve impulsionar investimentos e políticas voltadas à modernização da infraestrutura digital brasileira, especialmente em cidades de médio porte, onde há mais espaço de expansão. “A conectividade da próxima geração não é apenas uma tendência tecnológica, mas uma agenda ambiental. Redes mais inteligentes ajudam a diminuir desperdícios, promover inclusão digital e tornar as cidades mais competitivas e resilientes”, afirma.


A expectativa é que o evento global acelere parcerias entre setor privado, prefeituras e órgãos reguladores, fomentando projetos que unam sustentabilidade e digitalização. “Estamos falando de um novo ciclo urbano, em que os dados se tornam instrumentos de gestão ambiental e social. As cidades que se prepararem agora estarão à frente na economia verde e na qualidade de vida oferecida aos cidadãos”, conclui o especialista.


Com a ampliação das discussões climáticas e a pressão por soluções escaláveis, a conectividade inteligente deixa de ser apenas infraestrutura e passa a ser motor de transformação para o futuro das cidades brasileiras.

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