Especialistas explicam por que a má postura e os hábitos diários estão entre as principais causas de hérnia de disco e como o tratamento fisioterapêutico evita a cirurgia na maioria dos casos
Mais de 5,4 milhões de brasileiros convivem com a hérnia de disco, segundo o IBGE. O número pode ser ainda maior, considerando os casos não diagnosticados. A condição é uma das principais causas de afastamento do trabalho no país, conforme dados do Ministério do Trabalho.
Embora ainda exista a ideia de que a cirurgia seja a única solução, até 97% dos casos podem ser tratados por meio de protocolos fisioterapêuticos especializados, com resultados satisfatórios e menor risco de complicações.
Os fisioterapeutas André Pêgas e Laudelino Risso, especialistas em reabilitação de coluna, destacam sete pontos importantes sobre a hérnia de disco, das causas mais frequentes às opções de tratamento não cirúrgico:
1. A má postura é um dos principais gatilhos
Ficar longos períodos sentado de forma inadequada, apoiar-se mal ao dormir ou permanecer em pé por muito tempo são fatores que aumentam a pressão sobre os discos intervertebrais. Com o tempo, esse esforço excessivo pode gerar desalinhamentos na coluna e contribuir para o surgimento de hérnias.
2. A hérnia de disco é multifatorial
De acordo com André Pêgas, há também influência de fatores genéticos, já que algumas pessoas possuem discos mais frágeis. “A baixa ingestão de água, o consumo frequente de alimentos inflamatórios e o estresse crônico prejudicam a cicatrização natural do organismo e aumentam o risco de degeneração dos discos”, afirma.
3. O que acontece no corpo
Os discos intervertebrais funcionam como amortecedores entre as vértebras. Quando sofrem um rompimento, o material interno, de consistência gelatinosa, pode vazar e pressionar os nervos, gerando dor, rigidez, formigamento e perda de força. As regiões mais afetadas são a lombar e a cervical.
4. O fisioterapeuta pode diagnosticar e tratar
Conforme o Código de Ética do COFFITO, o fisioterapeuta tem autonomia para avaliar o paciente, elaborar o diagnóstico fisioterapêutico e instituir o tratamento adequado.
“O fisioterapeuta pode solicitar exames complementares, como ressonância magnética e raio X, e interpretar os exames e laudos, garantindo uma avaliação completa”, explica Laudelino Risso, fisioterapeuta e osteopata com formação pela Escola de Osteopatia de Madri e pela Harvard Medical School.
5. Tratamento conservador é eficaz na maioria dos casos
Estudos e dados clínicos indicam que entre 97% e 98% dos pacientes com hérnia de disco conseguem se recuperar sem cirurgia.
“O protocolo de reabilitação tem duração média de um a três meses e combina diferentes técnicas fisioterapêuticas”, diz André Pêgas. “Evita-se o risco cirúrgico, reduz-se o tempo de afastamento e o paciente retoma suas atividades com mais segurança.”
6. A cirurgia é indicada apenas em casos específicos
De acordo com especialistas, a intervenção cirúrgica é recomendada apenas em casos de sinais neurológicos graves, como perda de força nos pés ou mãos, formigamento na região perineal ou compressão medular. Esses quadros clínicos representam cerca de 3% dos casos.
7. Prevenir é melhor do que tratar
A prevenção envolve boa postura, hidratação adequada, atividade física regular e alimentação equilibrada.
“Exercícios que fortalecem a musculatura, como pilates e treinos funcionais, ajudam a reduzir a sobrecarga sobre os discos e previnem novas lesões”, reforça Risso.
Sobre a Doutor Hérnia
A Doutor Hérnia é uma rede de 300 clínicas especializadas no tratamento não-cirúrgico da coluna vertebral e hérnia de disco, com metodologia própria. Nasceu a partir da experiência de dois fisioterapeutas com mais de 25 anos de mercado, André Pêgas e Laudelino Risso, criadores de um protocolo que se mostrou eficaz em 98% dos casos atendidos. Isso significa que, dos pacientes atendidos pelo chamado método conservador, não-cirúrgico, 98% delas foram reabilitadas sem necessidade de cirurgia de hérnia de disco.
Presente em todo o Brasil, nos Estados Unidos e no Paraguai, aplica técnicas exclusivas, que reúne até 11 protocolos diferentes de tratamentos baseados em tratamentos e estudos das mais renomadas instituições do mundo, como Harvard Medical School, Hospital Beth Israel, entre outras.
Sobre o Dr. André Pêgas 
André Pêgas é fisioterapeuta responsável pela rede de clínicas Doutor Hérnia. Possui formação completa em Osteopatia pela Escuela de Osteopatía de Madrid, além de ser diplomado pela SEFO (Scientific European Federation of Osteopaths). É especialista em Osteopatia pela UCB - Universidade Castelo Branco – RJ, em Fisioterapia Traumato Ortopédica e Desportiva – IBPEX e em Ortopedia Funcional (COFFITO). É também professor da Escuela de Osteopatia de Madrid Internacional para América Latina (Brasil, Chile e Uruguai) e Europa (Portugal, Espanha e Itália).
Sobre o Dr.. Laudelino Risso

Laudelino Risso é fisioterapeuta (Crefito: 8/81.825-F) e osteopata pela Escuela de Osteopatia de Madrid. Possui formação em Medicina Mente e Corpo, pela Faculdade de Medicina de Harvard - Boston – EUA. É especialista em Terapia Manual, com formação em Podoposturologia. Participou do 9º Encontro dos Cuidados da Coluna em Stanford – Califórnia e é professor convidado em diversas pós-graduações no Brasil. É também palestrante internacional e proprietário da Franquia Doutor Hérnia que soma mais de 300 clínicas de reabilitação de coluna vertebral e hérnia de disco no país.
