A partida amistosa em Lille servia como ensaio final para 2025, mas o resultado e desempenho levantam questões sobre o preparo da Seleção para os desafios que vêm pela frente.
Em um estádio praticamente vazio, com clima de ensaio mais do que de festa, a Seleção Brasileira deixou a campo contra a Tunísia nesta terça-feira (18), em Lille, encerrando sua temporada 2025 com um empate por 1 a 1. O adversário, vindo da África-Tunísia, adiantou-se no marcador aos 22 minutos após um erro de marcação de Wesley e um contra-ataque bem executado por Abdi mais Mastouri. O Brasil reagiu já no fim do primeiro tempo, quando o jovem Estêvão converteu cobrança de pênalti, assinalada após toque de mão de Bronn - 1 a 1 que permaneceu até o apito final.
A escolha do duelo com a Tunísia, em solo francês, fazia parte de um calendário pensado pela CBF em conjunto com Carlo Ancelotti, que visava testar a Seleção contra seleções africanas na preparação para o mundial de 2026. No entanto, o que se viu foi uma Seleção que, embora tenha mantido o controle do jogo em diversos momentos, careceu de fluidez ofensiva e protagonizou faltas claras de rotina na transição e organização defensiva. O contexto mostra que, mais do que o resultado, preocupa o padrão de jogo apresentado. A Tunísia, com marcação compacta e saída rápida, não apenas abriu o placar como impôs desafios que o Brasil não conseguiu neutralizar completamente.
No segundo tempo, o Brasil teve uma chance clara de virar quando Paquetá isolou um pênalti aos 73 minutos. A atuação de Ancelotti, ainda em fase de construção de identidade completa para a Seleção, fecha 2025 com mais perguntas do que certezas: a formação ideal, o ritmo de jogo e a consistência ainda parecem em construção. O empate revela que a camisa canarinho já não intimida com naturalidade e que jogar bem não basta se não houver definição, intensidade e equilíbrio.
