Ícone da Volkswagen, o modelo que encerrou 65 anos de produção global vira peça rara de coleção e o mercado brasileiro registra uma das vendas mais expressivas da história recente
O lendário Volkswagen Fusca, em sua edição de despedida “Última Edición” de 2003, encontrou novo dono no Brasil por impressionantes US$ 112 mil (aproximadamente R$ 560 mil, conforme câmbio vigente) com apenas 1.000 km registrados. Trata-se de um exemplar praticamente intocado, parte de uma série limitada produzida no México que marcou o fim de uma era para o modelo mais fabricado da história: mais de 21 milhões de unidades em 65 anos.
A edição “Última Edición”, oficialmente destinada ao mercado mexicano, mas cobiçada mundialmente, representa o encerramento simbólico da trajetória do Fusca original. Com série limitada de 3.000 unidades, acabamento especial e plaqueta numerada, ela tornou-se um objeto de desejo para colecionadores. A venda no Brasil, hoje, reflete o movimento de valorização dos clássicos automotivos e o fortalecimento do mercado de carros antigos raros. Rodagem mínima, autenticidade preservada e o carisma do “besouro” garantem margens de valorização cada vez maiores.
Para quem investiu no negócio, os fatores que elevaram o preço são claros: além do quilometragem quase zerada e de se tratar de uma edição especial, está o fato de tratar-se do mítico Fusca: símbolo cultural da mobilidade popular, da resistência monocromática da mecânica simples e da customização fora de série. No Brasil, onde o modelo teve longa história de produção e modificação, cada unidade em condição exemplar é automaticamente “tesouro”. A mídia especializada já notou que valores de mercado para automóveis de produção em massa evoluem para faixas de colecionador e em alguns casos, acabam superando modelos de luxo originais.