Dani Stolai, mãe de cinco, usou método natural para engravidar de menino após os 40 e mostra que maternidade também é sobre escolha e autoconhecimento
O desejo de ser mãe pode ser tão intenso quanto a vontade de planejar cada detalhe dessa experiência, inclusive o sexo do bebê, e embora a ciência ainda não ofereça garantias absolutas, existem técnicas que prometem aumentar as chances de se realizar esse sonho. É o caso do coito programado, método utilizado pela apresentadora Dani Stolai, que após ser mãe de quatro meninas, decidiu que era hora de tentar ter um menino, mesmo com mais de 40 anos.
“Queria muito viver a experiência de ser mãe de um menino. Sempre amei a maternidade, mas sentia que ainda havia espaço para mais um, e sim, queria aumentar as chances de ter um menino, de forma saudável”, conta Dani, que hoje é mãe de cinco filhos e estrela o reality “Super Dani”, exibido no programa de Amaury Jr.
O coito programado, método escolhido por ela, consiste em acompanhar o ciclo menstrual e identificar com precisão o momento da ovulação, favorecendo a fecundação com espermatozoides que carregam o cromossomo Y (responsável pelo sexo masculino). Apesar de simples, a técnica exige conhecimento do próprio corpo e de acompanhamento médico. “Fiz tudo com orientação. Cuidei da alimentação, tomei vitaminas, monitorei meus ciclos. Foi um projeto de amor e muito planejamento”, afirma Dani.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, métodos naturais como o coito programado têm eficácia limitada quando comparados a técnicas laboratoriais mais avançadas, como a fertilização in vitro com diagnóstico genético pré-implantacional (PGD). No entanto, essas opções são mais caras, invasivas e nem sempre acessíveis. “Para mim, era importante manter tudo o mais natural possível e deu certo. Meu filho nasceu saudável e, para completar, no mesmo dia do aniversário do pai, que era um sonho. Já as minhas quatro filhas nasceram no mesmo mês do meu aniversário, em setembro”, celebra.
A decisão de tentar engravidar após os 40 anos, no entanto, não é simples. A idade materna avançada traz riscos maiores, tanto para a gestação quanto para a saúde do bebê. Ainda assim, a maternidade tardia cresce no Brasil. Um levantamento do Ministério da Saúde mostra que, nos últimos 20 anos, o número de mulheres que se tornaram mães após os 40 aumentou em mais de 70%.
Apesar do sonho realizado, a trajetória de Dani até a maternidade plena passou longe de ser idealizada. Sua primeira gestação, aos 23 anos, foi marcada por complicações devido ao tratamento de endometriose. Foram nove meses de repouso absoluto, enfrentando constantes descolamentos da placenta. “Foi difícil, mas sempre tive muita fé e determinação. Aquilo me preparou para tudo o que viria depois”, relembra.
Nem mesmo o momento da amamentação escapou dos desafios. Dani enfrentou um caso severo de candidíase mamária, que causava dor intensa durante o aleitamento. “Amamentar é um ato de amor, mas também pode ser um processo doloroso. Falo sobre isso sem romantizar, porque muitas mulheres passam por situações semelhantes e se sentem culpadas por não conseguirem seguir o padrão idealizado da maternidade”, destaca.
A história de Dani exemplifica como a combinação de conhecimento, planejamento e perseverança pode tornar possível a realização do sonho de ter filhos, mesmo em circunstâncias adversas. “O avanço das manobras de fertilidade, aliado a um acompanhamento médico rigoroso e a uma vida saudável, me permitiu ter o filho que tanto desejava, completando minha família com o tão esperado menino”, finaliza.