Acidente levanta preocupações sobre segurança em voos turísticos e histórico da operadora envolvida
Na tarde de 10 de abril de 2025, um passeio turístico de helicóptero terminou em tragédia quando a aeronave caiu no rio Hudson, em Nova York, resultando na morte de todos os seis ocupantes. Entre as vítimas estavam Agustín Escobar, CEO global de infraestrutura ferroviária da Siemens Mobility, sua esposa, Mercè Camprubí Montal, executiva da Siemens Energy, e seus três filhos, de 4, 8 e 10 anos. O piloto, Sean Johnson, veterano da Marinha dos EUA, também faleceu no acidente.
A aeronave, um Bell 206L-4 LongRanger IV operado pela New York Helicopter Tours, decolou do heliporto de Manhattan às 14h59 e caiu cerca de 16 minutos depois, próximo ao Pier A Park, em Hoboken. Testemunhas relataram que o helicóptero se despedaçou no ar antes de atingir a água. Vídeos indicam que as pás do rotor se soltaram durante o voo.
A empresa responsável pelo voo, New York Helicopter Tours, possui um histórico de incidentes, incluindo dois acidentes anteriores desde 2013. Além disso, enfrenta processos judiciais por dívidas e já passou por falência. Após o acidente, a Administração Federal de Aviação (FAA) anunciou a suspensão imediata das operações da empresa e iniciou uma revisão de sua licença e histórico de segurança.
A investigação está sendo conduzida pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB), que enfrenta desafios devido à ausência de gravadores de voo na aeronave. Partes cruciais do helicóptero, como o rotor principal e a cauda, ainda estão sendo procuradas nas águas do Hudson.
A Siemens emitiu uma nota lamentando profundamente a perda de Escobar e sua família, destacando sua contribuição significativa para a empresa e expressando condolências aos familiares. O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, também se pronunciou, classificando o ocorrido como uma "tragédia inimaginável".