Proteção de dados e responsabilidade civil em vazamentos de informações

Quando dados pessoais vazam, a confiança se quebrou e a lei deixou claro que a reparação é, cada vez mais, inevitável.

*Ana Rios


Vivemos em uma era em que quase tudo o que fazemos deixa rastros digitais. Compras, cadastros, contratos e até interações simples em redes sociais envolvem o compartilhamento de informações pessoais. Nesse cenário, a proteção de dados deixou de ser uma questão técnica e passou a ser uma responsabilidade ética e jurídica. Um vazamento, hoje, não é apenas um incidente: é uma quebra de confiança que afeta pessoas, reputações e relacionamentos entre marcas e consumidores.


A responsabilidade civil em casos de vazamento de informações tem ganhado cada vez mais destaque justamente porque o ambiente digital exige mais transparência e cuidado. Quando uma empresa coleta dados, ela assume um compromisso de zelo, devendo garantir que essas informações estejam protegidas contra acessos indevidos, falhas de segurança e uso indevido. Caso ocorra um vazamento, surge o dever de reparar, não apenas por obrigação legal, mas por um princípio de respeito à privacidade e à dignidade do titular dos dados.


Essa discussão vai além das sanções. Trata-se de reconhecer que a informação pessoal é uma extensão da identidade de cada indivíduo. Quando ela é exposta, o dano ultrapassa o material: afeta a sensação de segurança, o controle sobre a própria história e a confiança nas instituições. É por isso que empresas precisam investir em uma cultura de proteção de dados, não apenas em protocolos técnicos. A segurança começa na forma como a organização pensa, comunica e age.


A responsabilidade civil, portanto, atua como uma ponte entre a ética e o direito. Ela assegura que cada agente envolvido seja empresa, colaborador ou instituição, compreenda que a gestão de dados é um ato de confiança contínuo. Mais do que reparar danos, é um chamado à prevenção, à transparência e ao compromisso de que cada dado tratado representa uma pessoa real.


*Ana Rios, advogada, sócia e diretora jurídica na IPV7, um ecossistema de empresas de tecnologia com foco em cibersegurança.


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A IPV7 Group é um ecossistema de empresas de tecnologia com foco em cibersegurança. Como BSP (Business Solution Partner), seu compromisso é ser o parceiro estratégico que protege, impulsiona e gera valor real para o negócio dos seus clientes.


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