Higiene diária: costume ou necessidade? O debate está longe de água morna.
A rotina de entrar no chuveiro todos os dias parece inescapável para muitas pessoas, mas o hábito está sendo colocado sob nova luz. A frequência ideal do banho não segue uma regra única e depende de fatores como tipo de pele, clima, nível de suor e estilo de vida.
O banho tem como principal função remover suor, sujeira e microrganismos, garantindo conforto e frescor. No entanto, em dias mais tranquilos, com pouca transpiração e pouca exposição à poluição, essa necessidade pode ser mais flexível. Em muitos casos, o costume de tomar banho diariamente se deve mais a fatores culturais e sociais do que a uma real exigência do corpo.
Por outro lado, o excesso de banhos pode prejudicar a barreira natural da pele, removendo lipídios que protegem e mantêm a hidratação. Água muito quente, sabonetes fortes e banhos longos podem causar ressecamento, coceira e irritação, efeitos comuns em quem mantém esse hábito de forma exagerada, principalmente em climas frios ou secos.
O equilíbrio está em adaptar a rotina às próprias necessidades. Quem pratica atividades físicas intensas, trabalha ao ar livre ou vive em regiões muito quentes provavelmente precisa de banhos diários. Já quem tem pele sensível, realiza atividades leves ou passa a maior parte do tempo em ambientes fechados pode optar por reduzir a frequência, priorizando a higiene localizada, como axilas, pés e virilha — em dias de menor exposição.